quarta-feira, 18 de março de 2009

Apetece-me

Estou sentada e observo, sinto, oiço, cheiro o que me rodeia. São 22h, tenho pela frente uma estrada semi-deserta, iluminada apenas pelos faróis do meu carro. Sinto a aderência dos pneus à estrada, o que me transmite uma plena sensação de segurança. O motor pede outra mudança. Meto a quinta e entro na estrada principal.

Vou absorta no puro prazer de conduzir, na sensação de liberdade que me transmite. Quase passo a saída! Quando me apercebo relembro com saudade as quatro horas que fazia, sozinha, nos tempos da faculdade.

Primeiro IP, depois Auto-Estrada, novamente IP e por fim estrada municipal. Estreita, com curva contra curva, alguns buracos. Paisagens lindas, cheiros característicos. Já conhecia o caminho como a palma da minha mão. Fazia-o tão bem e tão depressa quer fossem 8h da manhã, quer fossem 8h da noite.

Apercebo-me, com alguma frustração, que o que me faria bem neste momento seria conduzir, sem destino.
Norte... Sul... Este... Oeste...

Ir para um sitio que me fizesse bem. Onde me pudesse refugiar. Por um dia, uma semana, um mês. O tempo preciso para me recuperar totalmente. Estar lá, sem perguntas, sem telefonemas, sem olhares inquisitórios.

Apenas eu, o silêncio, os livros, as fotografias, a escrita. Eu e os meu elementos!

* Saudades. Muitas! *

2 comentários:

coisalinda disse...

Por vezes é bom seguir sem destino, ajuda a aliviar a pressão do dia-a-dia.

***** doces!

Lua Escondida* disse...

Então, e porque não? Eu gostava de me perder assim mas por um pais qualquer daquelas na Ásia ou na Africa! Adoro a ieia da michila às costas e do mapa. E um dia vou fazer isso. Morrer para o mundo (porque vou estar incontactavel) e (re)nascer para mim mesma!

Beijinho